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UM LUGAR NA PLATÉIA

Várias histórias. E Paris.


Não tem jeito. Paris sempre será Paris e eu sempre ficarei embasbacado com todo e qualquer filme em que ela figurar como cenário. Nem precisa ser o cenário principal, eu me contento até mesmo que a ação se desenrole em apenas uma de suas avenidas.

Justine foi criada pela avó na pequena cidade de Mâcon. A anciã sempre gostou do luxo, mas como não tinha condições de viver nele, se contentou com um trabalho como faxineira do Ritz. Ela lavava bidês e privadas, mas pelo menos vivia rodeada pelo luxo.

A neta vai para Paris e inicialmente tenta trabalhar no mesmo hotel, mas só consegue um emprego de garçonete. Nesse trabalho, com sua ingenuidade, seu carisma e sua simpatia, ela vai interligar as demais histórias do filme: a de um colecionador de arte que se casou com uma mulher arrogante bem mais jovem do que ele e que foi amante de seu filho, com o qual não tem uma boa relação; a de uma famosa estrela da televisão que ensaia uma peça, mas que quer mesmo é protagonizar um filme sobre Simone de Beauvoir; e a de um famoso pianista, que já não agüenta mais o seu ritmo de vida e que quer viver numa pequena casa no campo, ao lado da mulher, que abdicou de sua carreira como violonista para administrar a do marido e que não concorda com essa idéia.


Filme simpático, despretensioso, surpreendente e que me capturou, principalmente a história do pianista. Ele queria apenas tocar para crianças em hospitais e dar aulas de piano ao lado da mulher que ele ainda ama. A cena do concerto, com ele a encarando é de cortar. E é claro que eu chorei nesse momento.


B+
Fauteuils d'Orchestre (Danièle Thompson, FRA, 2006)
Quando: Setembro/07 (Cinema da Fundação)
Site Oficial: ficha imdb

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