Uma interessante comédia romântica made in Brazil.
Há males que vêm para o bem. Com o horário de verão, a programação da televisão aqui no nordeste fica uma hora mais cedo. Apesar de ter a parte ruim como, por exemplo, o Jornal Nacional às 19h15, pelo menos pude conferir 24 Horas e Lost sem grandes sobressaltos. Numa dada segunda-feira, num dos intervalos de Lost, descubro o filme que ia passar logo após. Tomado por objetivos lascivos, libidonosos e nada nobres, fiquei grudado na telinha esperando seu início.
Enquanto babava pelo objeto do meu desejo, acompanhei a história de Celeste, uma curta-metragista premiada e cineasta iniciante que era a perfeita bicha-grila, adepta do amor livre, fumava maconha, adorava colocar simbolismo em seus curta-metragens e que tinha como objetivo de vida, a denúncia dos abusos da burguesia dominante. Para ela, os pobres de Brasília eram os intestinos da cidade. Seu contraponto era Paulo Estrela, o cinéfilo burocrata do Ministério da Cultura e careta que de repente se vê apaixonado por Celeste.
O "relacionamento" dos dois é apenas o pano de fundo para mostrar o caminho das pedras que um cineasta precisa percorrer para filmar no Brasil. Enquanto Celeste vive mudando de cidade, aceita ser a assistente da assistente da assistente da assistente de direção de um famoso cineasta, faz gato e sapato de Estrela com o seu jeito livre de ser. Esse último, como um perfeito cachorrinho, fica bolando mil e uma idéias sobre como viabilizar longa metragem de sua amada e, assim, conquistá-la. Inicialmente, o filme "Amores Impossíveis" contaria uma história de amor no passado, no presente e no futuro durante 15 gerações. No final, ela acaba focando apenas na época da escravidão. O filme, com 250 espectadores durante sua única semana de exibição só se torna sucesso no exterior, quando ganha um festival na Alemanha. Metaliguagem é pouca, inclusive com os personagens do filme dando pitacos durante todo o processo de filmagem do filme dentro do filme e de um professor de cinema explicando o que um roteiro deve ter e o que não deve ter para criar empatia com o público.
B
Celeste e Estrela (Betse de Paula, BRA, 2005)
Quando: Março/07 (TV)
Site Oficial: www.celesteeestrela.com.br
Há males que vêm para o bem. Com o horário de verão, a programação da televisão aqui no nordeste fica uma hora mais cedo. Apesar de ter a parte ruim como, por exemplo, o Jornal Nacional às 19h15, pelo menos pude conferir 24 Horas e Lost sem grandes sobressaltos. Numa dada segunda-feira, num dos intervalos de Lost, descubro o filme que ia passar logo após. Tomado por objetivos lascivos, libidonosos e nada nobres, fiquei grudado na telinha esperando seu início.
Enquanto babava pelo objeto do meu desejo, acompanhei a história de Celeste, uma curta-metragista premiada e cineasta iniciante que era a perfeita bicha-grila, adepta do amor livre, fumava maconha, adorava colocar simbolismo em seus curta-metragens e que tinha como objetivo de vida, a denúncia dos abusos da burguesia dominante. Para ela, os pobres de Brasília eram os intestinos da cidade. Seu contraponto era Paulo Estrela, o cinéfilo burocrata do Ministério da Cultura e careta que de repente se vê apaixonado por Celeste.
O "relacionamento" dos dois é apenas o pano de fundo para mostrar o caminho das pedras que um cineasta precisa percorrer para filmar no Brasil. Enquanto Celeste vive mudando de cidade, aceita ser a assistente da assistente da assistente da assistente de direção de um famoso cineasta, faz gato e sapato de Estrela com o seu jeito livre de ser. Esse último, como um perfeito cachorrinho, fica bolando mil e uma idéias sobre como viabilizar longa metragem de sua amada e, assim, conquistá-la. Inicialmente, o filme "Amores Impossíveis" contaria uma história de amor no passado, no presente e no futuro durante 15 gerações. No final, ela acaba focando apenas na época da escravidão. O filme, com 250 espectadores durante sua única semana de exibição só se torna sucesso no exterior, quando ganha um festival na Alemanha. Metaliguagem é pouca, inclusive com os personagens do filme dando pitacos durante todo o processo de filmagem do filme dentro do filme e de um professor de cinema explicando o que um roteiro deve ter e o que não deve ter para criar empatia com o público.
B
Celeste e Estrela (Betse de Paula, BRA, 2005)
Quando: Março/07 (TV)
Site Oficial: www.celesteeestrela.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário