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O CÓDIGO DA VINCI

A tentativa de transformar um best seller num blockbuster.



Diferentemente dos que leram os 50 milhões de exemplares vendidos no mundo todo, eu só sabia "por cima" qual era a história do filme e, de mente aberta, fui assistí-lo mesmo já sabendo de antemão que a imensa maioria dos críticos consideraram essa adaptação do livro homônimo de Dan Brow bem insonsa.

Acredito que não deve ter sido fácil adaptar uma história mirabolante de quase 500 páginas para uma película de 2h29 voltada ao "público médio" com a obrigação de se tornar um blockbuster, mas até que não foi tão ruim assim como quase todos disseram.

As reviravoltas constantes e os diversos clímaces que são seguidos por um "mas ainda não acabou" acabam cansando. Uma Audrey Tatou apática e irreconhecível e um Tom Hanks tão... Tom Hanks com um penteado ridículo também não ajudam muito, mas felizmente há um sir Ian McKellen que surge no meio da história e fica conosco até quase o final, roubando as cenas em que aparece e fazendo com que o filme não fique por demais efadonho.

Talvez, no livro, o autor nos instigue a decifrar os códigos e faça com que viajemos para as locações através de descrições bem detalhadas, além de nos apresentar os diversos personagens através de suas motivações. Já na telona, talvez pela falta de tempo, talvez pela falta de capacidade de raciocínio do público-alvo, tudo vem bem mastigado e, inúmeras vezes, bem superficial. Como o carrilhão de informações não é pequeno, em alguns casos a solução é repetida como que numa lavagem cerebral.

Mas, apesar de tudo, até que o filme não é tão ruim assim. Inclusive para aqueles que dizem "mas não aparece Paris". Ela aparece sim. E muito.


B-
The Da Vinci Code (Ron Howard, EUA, 2006)
Quando: mai/06 (UCI Recife)
Site Oficial: www.ocodigodavinci.com.br

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