O remake que confirma a máxima: muito barulho para nada.
O Fúria de Titãs (81) original pode estar com seus efeitos especiais datados para os dias de hoje, mas pelo menos tinha uma história decente e direta: os homens haviam deixado de adorar os deuses e como Zeus é arrogante e vaidoso, dá um ultimato à humanidade: se não sacrificarem a filha do rei como prova de adoração, eles serão varridos do mapa pelo temido Kraken. Já no remake, a negação à adoração dos deuses continua, mas Perseu dessa vez matará o Kraken por pura vingança pessoal e antes de fazê-lo, não cansará de reafirmar suas motivações ad nauseum, pois, apesar de semi-deus (é filho de Zeus com uma humana), ele o faria porque era humano (entendeu? nem eu).
A única ideia inteligente do filme são as Oráculos, onde Perseu descobre como matar o Kraken. A Medusa guerreira e com uma cauda de 300 metros é uma tragédia, assim como o Kraken, que só mostra a que veio depois de uma infinidade de tentáculos e um grito feito única e exclusivamente para abalar as paredes dos multiplex. Logo depois disso, ele vira pedra, depois de menos de 5 minutos na tela.
Pensa que acabou? Nããããão. Já não bastava o desenrolar idiota da história, eles a fecham com uma cagada monumental que ninguém poderia imaginar (olha o Spoiler!): Perseu não fica com a filha do rei que ele acabou de salvar. Ele está cagando para ela, pois, mais uma vez, faz questão de lembrar que ele fez tudo o que fez, como um humano, apenas para se vingar. Mas ele não é gay, o roteiro ainda inventa um prêmio de consolação: uma feiticeira que o ajudou a encontrar a medusa (até ser morta por Calibos) é revivida. E está pronto o gancho para a segunda parte (que, parece, já tem o sinal verde do estúdio).
E
Clash of the Titans (Louis Leterrier, EUA, 2010)
Quando: Setembro/2010 (DVD)
Sítio Oficial: br.warnerbros.com/clashofthetitans
Nenhum comentário:
Postar um comentário