O fim da humanidade e a "involução" do homem à uma nova "era das trevas".
Num futuro não tão distante, a cura do câncer foi descoberta. Infelizmente, essa descoberta significou o fim da humanidade de acordo com o doutor Robert Neville, que se auto-intitula "o último homem da Terra". A manipulação genética resultou em um vírus que matou quase toda a população terrestre. Outra boa parte foi infectada e virou uma espécie de zumbi/vampiro, que desenvolveu super-força, sensibilidade à luz solar e se alimentou da pequena parte da população que era naturalmente imune ao vírus.
As idéias contidas no filme são interessantíssimas (derivadas de um livro, escrito em pleno apogeu armamentista da guerra fria, na década de 50), mas que, como sempre em um blockbuster, são esmagadas, trituradas e depois, esquecidas. A dramaticidade de botequim exige que o cara esteja confinado em Manhatan (originalmente, era Los Angeles). A explicação é que como ali foi o início da epidemia, então eles explodiram as pontes e os túneis para confinar a população em "quarentena". Will Smith permaneceu porque era dever dele estar no "marco zero". Ok, faz de conta que eu acredito. Assim como faz de conta que eu acredito que, depois de três anos confinado na ilha, ele ainda tenha bacon e ovos frescos para poder comer no café da manhã e consiga legumes sei lá como.
Há outras merdas ao longo do filme difíceis de engolir, como por exemplo os mesmos três anos em que ele ficou sitiado e nunca cruzou com a personagem de Alice Braga, que de simples missionária da cruz vermelha vira uma espécie de "ramba" e o salva da morte certa pelos zumbis. Ela disse que estava num navio que veio de São Paulo (é... agora São Paulo tem porto...) e que parneceu por lá... por três ano!
O final fica ainda pior -- mais piegas para ser exato -- quando misturam Deus (ou a sua não-existência segundo o Dr. Neville) e misticismo ("eu precisava estar lá, para renovar a sua fé e você me dar algo"). Dizem que há um outro final gravado, mais "filosófico". Resta esperar para uma reedição à la Blade Runner (82, relançado da forma "correta" em 93).
Verdade seja dita, com todo o preconceito que eu tenho com relação a Will Smith, ele "segura o rojão" surpreendentemente bem, contracenando apenas com uma cadela em 80% do filme. Pena que no 20% restante, o roteiro tenha descarrilhado. E não só pela péssima interpretação de Alice Braga.
C
I am Legend (Francis Lawrence, EUA, 2007)
Quando: Janeiro/08 (UCI Recife)
Sítio Oficial: br.warnerbros.com/iamlegend
Num futuro não tão distante, a cura do câncer foi descoberta. Infelizmente, essa descoberta significou o fim da humanidade de acordo com o doutor Robert Neville, que se auto-intitula "o último homem da Terra". A manipulação genética resultou em um vírus que matou quase toda a população terrestre. Outra boa parte foi infectada e virou uma espécie de zumbi/vampiro, que desenvolveu super-força, sensibilidade à luz solar e se alimentou da pequena parte da população que era naturalmente imune ao vírus.
As idéias contidas no filme são interessantíssimas (derivadas de um livro, escrito em pleno apogeu armamentista da guerra fria, na década de 50), mas que, como sempre em um blockbuster, são esmagadas, trituradas e depois, esquecidas. A dramaticidade de botequim exige que o cara esteja confinado em Manhatan (originalmente, era Los Angeles). A explicação é que como ali foi o início da epidemia, então eles explodiram as pontes e os túneis para confinar a população em "quarentena". Will Smith permaneceu porque era dever dele estar no "marco zero". Ok, faz de conta que eu acredito. Assim como faz de conta que eu acredito que, depois de três anos confinado na ilha, ele ainda tenha bacon e ovos frescos para poder comer no café da manhã e consiga legumes sei lá como.
Há outras merdas ao longo do filme difíceis de engolir, como por exemplo os mesmos três anos em que ele ficou sitiado e nunca cruzou com a personagem de Alice Braga, que de simples missionária da cruz vermelha vira uma espécie de "ramba" e o salva da morte certa pelos zumbis. Ela disse que estava num navio que veio de São Paulo (é... agora São Paulo tem porto...) e que parneceu por lá... por três ano!
O final fica ainda pior -- mais piegas para ser exato -- quando misturam Deus (ou a sua não-existência segundo o Dr. Neville) e misticismo ("eu precisava estar lá, para renovar a sua fé e você me dar algo"). Dizem que há um outro final gravado, mais "filosófico". Resta esperar para uma reedição à la Blade Runner (82, relançado da forma "correta" em 93).
Verdade seja dita, com todo o preconceito que eu tenho com relação a Will Smith, ele "segura o rojão" surpreendentemente bem, contracenando apenas com uma cadela em 80% do filme. Pena que no 20% restante, o roteiro tenha descarrilhado. E não só pela péssima interpretação de Alice Braga.
C
I am Legend (Francis Lawrence, EUA, 2007)
Quando: Janeiro/08 (UCI Recife)
Sítio Oficial: br.warnerbros.com/iamlegend
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