A chegada à maioridade.
No primeiro filme, há o descobrimento, aquele aonde "grandes poderes trazem grandes responsabilidades". A infância. Na seqüência, os limites desses grandes poderes são testados e várias dúvidas e dificuldades atormentam o pobre (financeiramente falando) Peter Parker. A adolescência. Nesse terceiro filme, Peter já conhece seus poderes e seus limites e o Homem-Aranha, apesar da campanha contrária de J.J. Jameson, é o "amiguinho da vizinhança" adorado por todos (exceto, claro, J.J. Jameson, que, inexplicavelmente, protagoniza apenas duas míseras cenas). O deslumbramento.
Quando veste a máscara, o Homem-Aranha esbanja auto-confiança, mas em sua "vida comum", Peter Parker continua o mesmo nerd abobalhado, cantando sozinho no teatro enquanto a sua amada desafina no palco. A diferença é que agora esse nerd está namorando a mulher de sua vida, Mary Jane, que sabe sobre a sua vida dupla.
A primeira seqüência de ação entre o Aranha e o Duende Macabro é espetacular. A seqüência de "criação" do Homem-Areia é fenomenal. Dá até para engolir o Peter Parker emo e se você esquecer aquela babaquice toda do "lado negro do mal", você consegue ver que, na mesma situação, você deixaria que aquela gosma negra nojenta tomasse conta de você, para poder dar uma de gostosão(ona), ter todas(os) aos seus pés e poder dançar à la John Travolta back to the 70's. Ainda na parte "Peter Parker emo", ele foi um completo escroto com Mary Jane. Gwen Stacy saiu com uma lady ao pedir desculpas quando notou que havia sido usada para uma vingancinha idiota (e o seu papel no filme foi justamente essa ponta figurativa).
Vingança. Esta é a palavra-chave do filme. Vingança é um sentimento que corrói, mas que assim que você consegue atingir o seu objetivo, você fica oco. Sem propósito.
Perdão. Todos temos escolhas, mas às vezes fazemos coisas terríveis com as melhores intensões possíveis. Saber perdoar essas falhas te traz um sentimento bem mais nobre e intenso do que a concretização de uma vingança.
Redenção. Você pode ter feito coisas horríveis, mas basta se arrepender verdadeiramente para conseguir a sua redenção.
Há outras inúmera metáforas espalhadas pelo filme, muitas delas difíceis de serem captadas. Fique tranqüilo, não serei eu que as contará, pois assim como toda metáfora, ela pode ter inúmeros significados, dependendo das crenças pessoas de que a interpreta.
Nunca fui muito chegado ao Homem-Aranha, mas admito que todos os filmes de sua franquia são bons entretenimentos. Nos dois primeiros, havia paciência para o desenvolvimento das ações e motivações. Nesse último, como há três vilões (quatro se considerarmos o Peter emo), as brigas se suscedem sem uma conclusão plausível (com um período de hibernação entre um vilão e outro) e apesar de haver uma motivação clara para cada um dos vilões, elas não são profundamente detalhadas (Harry está magoado, Flint quer pagar o tratamento médico da filha, Eddie se sente humilhado e Peter-emo quer vingança). Há uma visível preguiça, nem tanto quanto no horrendo X-Men 3, mas há. Tem a idiotice da bandeira estaduninense, mas você só a critica quando ela aparece, pois logo em seguida começa a torcida para tentar adivinhar quando Harry aparecerá para ajudar o seu amigo Peter a salvar Mary Jane.
Não sou crítico de cinema, então, não sou chato a ponto de ficar pegando detalhes técnicos. No momento da projeção, as falhas do roteiro me incomodavam profundamente, mas os efeitos especiais cumpriam o seu papel e me anestesiavam completamente. Se até eu que critico esse gênero de "super-heróis tão humanos e propensos a falhas como eu ou você" saí da sala de cinema extasiado, é bem capaz de você nem ligar para esses detalhes e ficar apenas babando pelos efeitos especiais do filme mais caro da história do cinema.
B-
Spiderman 3 (Sam Raimi, EUA, 2007)
Quando: Maio/07 (Multiplex Boa Vista)
Site Oficial: spiderman.sonypictures.com
No primeiro filme, há o descobrimento, aquele aonde "grandes poderes trazem grandes responsabilidades". A infância. Na seqüência, os limites desses grandes poderes são testados e várias dúvidas e dificuldades atormentam o pobre (financeiramente falando) Peter Parker. A adolescência. Nesse terceiro filme, Peter já conhece seus poderes e seus limites e o Homem-Aranha, apesar da campanha contrária de J.J. Jameson, é o "amiguinho da vizinhança" adorado por todos (exceto, claro, J.J. Jameson, que, inexplicavelmente, protagoniza apenas duas míseras cenas). O deslumbramento.
Quando veste a máscara, o Homem-Aranha esbanja auto-confiança, mas em sua "vida comum", Peter Parker continua o mesmo nerd abobalhado, cantando sozinho no teatro enquanto a sua amada desafina no palco. A diferença é que agora esse nerd está namorando a mulher de sua vida, Mary Jane, que sabe sobre a sua vida dupla.
A primeira seqüência de ação entre o Aranha e o Duende Macabro é espetacular. A seqüência de "criação" do Homem-Areia é fenomenal. Dá até para engolir o Peter Parker emo e se você esquecer aquela babaquice toda do "lado negro do mal", você consegue ver que, na mesma situação, você deixaria que aquela gosma negra nojenta tomasse conta de você, para poder dar uma de gostosão(ona), ter todas(os) aos seus pés e poder dançar à la John Travolta back to the 70's. Ainda na parte "Peter Parker emo", ele foi um completo escroto com Mary Jane. Gwen Stacy saiu com uma lady ao pedir desculpas quando notou que havia sido usada para uma vingancinha idiota (e o seu papel no filme foi justamente essa ponta figurativa).
Vingança. Esta é a palavra-chave do filme. Vingança é um sentimento que corrói, mas que assim que você consegue atingir o seu objetivo, você fica oco. Sem propósito.
Perdão. Todos temos escolhas, mas às vezes fazemos coisas terríveis com as melhores intensões possíveis. Saber perdoar essas falhas te traz um sentimento bem mais nobre e intenso do que a concretização de uma vingança.
Redenção. Você pode ter feito coisas horríveis, mas basta se arrepender verdadeiramente para conseguir a sua redenção.
Há outras inúmera metáforas espalhadas pelo filme, muitas delas difíceis de serem captadas. Fique tranqüilo, não serei eu que as contará, pois assim como toda metáfora, ela pode ter inúmeros significados, dependendo das crenças pessoas de que a interpreta.
Nunca fui muito chegado ao Homem-Aranha, mas admito que todos os filmes de sua franquia são bons entretenimentos. Nos dois primeiros, havia paciência para o desenvolvimento das ações e motivações. Nesse último, como há três vilões (quatro se considerarmos o Peter emo), as brigas se suscedem sem uma conclusão plausível (com um período de hibernação entre um vilão e outro) e apesar de haver uma motivação clara para cada um dos vilões, elas não são profundamente detalhadas (Harry está magoado, Flint quer pagar o tratamento médico da filha, Eddie se sente humilhado e Peter-emo quer vingança). Há uma visível preguiça, nem tanto quanto no horrendo X-Men 3, mas há. Tem a idiotice da bandeira estaduninense, mas você só a critica quando ela aparece, pois logo em seguida começa a torcida para tentar adivinhar quando Harry aparecerá para ajudar o seu amigo Peter a salvar Mary Jane.
Não sou crítico de cinema, então, não sou chato a ponto de ficar pegando detalhes técnicos. No momento da projeção, as falhas do roteiro me incomodavam profundamente, mas os efeitos especiais cumpriam o seu papel e me anestesiavam completamente. Se até eu que critico esse gênero de "super-heróis tão humanos e propensos a falhas como eu ou você" saí da sala de cinema extasiado, é bem capaz de você nem ligar para esses detalhes e ficar apenas babando pelos efeitos especiais do filme mais caro da história do cinema.
B-
Spiderman 3 (Sam Raimi, EUA, 2007)
Quando: Maio/07 (Multiplex Boa Vista)
Site Oficial: spiderman.sonypictures.com
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