Um filme que eu gostaria de poder defender com unhas e dentes, mas não consigo.
Não sou muito bom em decifrar metáforas, principalmente as mais sutis. Entretanto, algumas são tão óbvias, que de tão inverossíveis, são de difícil concordância. Os filmes de M. Night Shamaylan são abarrotados delas e eu concordo com várias (por isso, minha certa obsessão em assistir a esse aqui), mas dessa vez, prefiro abstrair a do personagem crítico de arte ranheta que prevê que vai escapar, mas no final, morre (ou seja, nenhum crítico sabe merda nenhuma sobre arte) e a arrogância do diretor ao encarnar (literalmente, já que é ele que o interpreta) no personagem responsável pela escrita de um livro que vai inspirar um líder (estadunidense, claro) que vai liderar o mundo (a partir das idéias dele, frise-se). Também vou abstrair o personagem que exercita apenas um lado do corpo que é meramente uma peça decorativa até os 5 minutos finais. Melhor sorte tem o menininho e o seu dom de ler messagens em caixas de sucrilos, que é peça decorativa somente até os 10 minutos finais e o cara que vive no banheiro, peça decorativa até os 9 minutos antes do fim. "Todos temos um papel na história (da Story)". Mesmo que seja para segurar um rodo numa noite de chuva para espantar o cachorro de grama malvado.
Fora isso, eu sou como o personagem que é figura decorativa até uns 15 minutos antes do final, "eu quero muito acreditar, mas tá difícil". Confesso: eu acreditei. Usando o clichê da maioria dos críticos, eu "comprei a idéia". Mas não comprei por completo, já que muitas "reviravoltas" são feitas de tal modo que a gente tem que engolí-las a seco mesmo, sem a menor explicação. Continuando no clichê-crítico, esse é "um filme irregular", pois a história se desenvolve aos trancos e barrancos e, apesar de algumas cenas muito bonitas, chega a ser patético o protagonista ter que pedir, como um cachorrinho adestrado, que a coreana lhe diga quais serão os próximos passos.
Missão cumprida: apesar de perdê-lo em tela grande, eu vi A Dama na Água em DVD mesmo. Apesar de achar os outros filmes de M. Night Shamayalan bons, esse aqui tem os mesmos defeitos de seus irmãos: "as coisas são assim porque elas são", exceção feita a O Sexto Sentido (99), que é bem construído.
Terminei o filme em estado de êxtase, pois fiquei tocado com todo o exército reunido para "fazer o que tem de ser feito", sem questionamento, porque "é isso que se deve fazer". Mais uma vez, meu engajamento no mundo colorido dos super-heróis de colants e cuecas para fora da calça que fazem o bem porque deve-se fazer o bem sem questionamentos, me faz ver esse filme com outros olhos, mas que é difícil acreditar nele totalmente, ah, isso é.
B-
Lady in The Water (M. Night Shamayalan, EUA, 2006)
Quando: Janeiro/07 (DVD)
Site Oficial: wwws.br.warnerbros.com/ladyinthewater

Não sou muito bom em decifrar metáforas, principalmente as mais sutis. Entretanto, algumas são tão óbvias, que de tão inverossíveis, são de difícil concordância. Os filmes de M. Night Shamaylan são abarrotados delas e eu concordo com várias (por isso, minha certa obsessão em assistir a esse aqui), mas dessa vez, prefiro abstrair a do personagem crítico de arte ranheta que prevê que vai escapar, mas no final, morre (ou seja, nenhum crítico sabe merda nenhuma sobre arte) e a arrogância do diretor ao encarnar (literalmente, já que é ele que o interpreta) no personagem responsável pela escrita de um livro que vai inspirar um líder (estadunidense, claro) que vai liderar o mundo (a partir das idéias dele, frise-se). Também vou abstrair o personagem que exercita apenas um lado do corpo que é meramente uma peça decorativa até os 5 minutos finais. Melhor sorte tem o menininho e o seu dom de ler messagens em caixas de sucrilos, que é peça decorativa somente até os 10 minutos finais e o cara que vive no banheiro, peça decorativa até os 9 minutos antes do fim. "Todos temos um papel na história (da Story)". Mesmo que seja para segurar um rodo numa noite de chuva para espantar o cachorro de grama malvado.
Fora isso, eu sou como o personagem que é figura decorativa até uns 15 minutos antes do final, "eu quero muito acreditar, mas tá difícil". Confesso: eu acreditei. Usando o clichê da maioria dos críticos, eu "comprei a idéia". Mas não comprei por completo, já que muitas "reviravoltas" são feitas de tal modo que a gente tem que engolí-las a seco mesmo, sem a menor explicação. Continuando no clichê-crítico, esse é "um filme irregular", pois a história se desenvolve aos trancos e barrancos e, apesar de algumas cenas muito bonitas, chega a ser patético o protagonista ter que pedir, como um cachorrinho adestrado, que a coreana lhe diga quais serão os próximos passos.
Missão cumprida: apesar de perdê-lo em tela grande, eu vi A Dama na Água em DVD mesmo. Apesar de achar os outros filmes de M. Night Shamayalan bons, esse aqui tem os mesmos defeitos de seus irmãos: "as coisas são assim porque elas são", exceção feita a O Sexto Sentido (99), que é bem construído.
Terminei o filme em estado de êxtase, pois fiquei tocado com todo o exército reunido para "fazer o que tem de ser feito", sem questionamento, porque "é isso que se deve fazer". Mais uma vez, meu engajamento no mundo colorido dos super-heróis de colants e cuecas para fora da calça que fazem o bem porque deve-se fazer o bem sem questionamentos, me faz ver esse filme com outros olhos, mas que é difícil acreditar nele totalmente, ah, isso é.
B-
Lady in The Water (M. Night Shamayalan, EUA, 2006)
Quando: Janeiro/07 (DVD)
Site Oficial: wwws.br.warnerbros.com/ladyinthewater
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