Um filme (apenas?) sobre um assalto a banco.
No último filme de Spike Lee, o roteiro sobre um assalto a banco perfeito faz juz ao assalto: é perfeito. Mirabolante, mas "justinho" e crível.
Mas esse filme não é "apenas" sobre um assalto a um banco. Já tentaram fazer o mesmo para o grande público em Crash (05), mas Paul Haggis não é nenhum Spike Lee, que dá o tapa na cara dos racistas com luva de pelica e consegue passar o seu recado (ou passar totalmente despercebido, cabe ao espectador decidir).
Sim, a história é sobre um assalto a banco "que não acontece" (desculpe, mas vai ter que assistir ao filme para descobrir porque eu escrevi isso), mas temos o policial que chama um bandido de "chicano" num dado momento e um garoto que joga um pocket-game chamado "kill tha' nigga", aonde ganha mais pontos aquele que comete mais crimes (roubar bancos vale muitos pontos), com um gasgsta rap como trilha sonora. Há o bilhardário que fez fortuna de maneira nada convencional e os favores que políticos devem para pessoas influentes. Há o mise-en-scene de pessoas que aparentemente são aéticas, mas que têm seus motivos "nobres" e pessoas aparentemente éticas, que fazem algo "por baixo do pano" para que algo do seu passado suma.
Ah, já ia até me esquecendo da cena aonde os assaltantes começam a libertar alguns reféns, que estão vestidos com os mesmos macacões que eles. Um desses, antes que possa abrir a boca já recebe um "Merda! É um árabe" dos policias que não pensam duas vezes: é um deles. Outra cena engraçada é quando eles têm dificuldade de decifrar a língua que os assaltantes falam e, na dúvida, perguntam para os curiosos além do cordão de isolamento, se alguém conhece. Alguém na multidão grita que é "100% albanês". Vááárias outras pequenas cenas hilárias ocorrem.
Tá, admito que adorei os diálogos de palavras com duplo sentido do Detetive Frazier e sua namorada. A personagem de Jodie Foster fecha em toda cena que aparece e ela parece a Bia Falcão. É tão perfeita, mede tão bem as palavras, o cabelo tá sempre bem arrumado, os tailleurs estão sempre bem alinhados, é tão "clean" que parece que não peida! Adoro!! Já Danton Russell, é um assaltante de bancos, mas não é "apenas" um assaltante de bancos. Ele está lá pelo dinheiro... e por um certo envelope que ele sabe perfeitamente o que contém.
A música de abertura, a mesma que fecha o filme também é perfeita. Preciso dela para mim o quanto antes!
A
Inside Man (Spike Lee, EUA, 2005)
Quando: Abr/06 (UCI Recife)
Site Oficial: theinsideman.net
No último filme de Spike Lee, o roteiro sobre um assalto a banco perfeito faz juz ao assalto: é perfeito. Mirabolante, mas "justinho" e crível.
Mas esse filme não é "apenas" sobre um assalto a um banco. Já tentaram fazer o mesmo para o grande público em Crash (05), mas Paul Haggis não é nenhum Spike Lee, que dá o tapa na cara dos racistas com luva de pelica e consegue passar o seu recado (ou passar totalmente despercebido, cabe ao espectador decidir).
Sim, a história é sobre um assalto a banco "que não acontece" (desculpe, mas vai ter que assistir ao filme para descobrir porque eu escrevi isso), mas temos o policial que chama um bandido de "chicano" num dado momento e um garoto que joga um pocket-game chamado "kill tha' nigga", aonde ganha mais pontos aquele que comete mais crimes (roubar bancos vale muitos pontos), com um gasgsta rap como trilha sonora. Há o bilhardário que fez fortuna de maneira nada convencional e os favores que políticos devem para pessoas influentes. Há o mise-en-scene de pessoas que aparentemente são aéticas, mas que têm seus motivos "nobres" e pessoas aparentemente éticas, que fazem algo "por baixo do pano" para que algo do seu passado suma.
Ah, já ia até me esquecendo da cena aonde os assaltantes começam a libertar alguns reféns, que estão vestidos com os mesmos macacões que eles. Um desses, antes que possa abrir a boca já recebe um "Merda! É um árabe" dos policias que não pensam duas vezes: é um deles. Outra cena engraçada é quando eles têm dificuldade de decifrar a língua que os assaltantes falam e, na dúvida, perguntam para os curiosos além do cordão de isolamento, se alguém conhece. Alguém na multidão grita que é "100% albanês". Vááárias outras pequenas cenas hilárias ocorrem.
Tá, admito que adorei os diálogos de palavras com duplo sentido do Detetive Frazier e sua namorada. A personagem de Jodie Foster fecha em toda cena que aparece e ela parece a Bia Falcão. É tão perfeita, mede tão bem as palavras, o cabelo tá sempre bem arrumado, os tailleurs estão sempre bem alinhados, é tão "clean" que parece que não peida! Adoro!! Já Danton Russell, é um assaltante de bancos, mas não é "apenas" um assaltante de bancos. Ele está lá pelo dinheiro... e por um certo envelope que ele sabe perfeitamente o que contém.
A música de abertura, a mesma que fecha o filme também é perfeita. Preciso dela para mim o quanto antes!
A
Inside Man (Spike Lee, EUA, 2005)
Quando: Abr/06 (UCI Recife)
Site Oficial: theinsideman.net
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