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INVASÃO DO MUNDO: BATALHA DE LOS ANGELES

Cara de pau tem limite


Nesta nova invasão alienígena, os ETs querem a nossa água. No caminho deles, os marines estadunidenses e o seu lema: nunca recuar.


Tudo o que você precisa saber do roteiro está resumido aí em cima. Num filme sobre invasão alienígena, no mínimo, você espera algo inovador sobre os invasores, mas em nenhum momento você verá um alien para saber como eles são. Não bastasse você ver apenas fumaça e explosões, a maldita câmera tremida não permite que você possa focalizar nada por mais de 2 segundos.

Os efeitos especiais nem são tão fabulosos assim. A cidade destruída impressiona, mas só. Pelo pouco que te permitem visualizar dos aliens, você perceberá de cara que é um CGI nada sutil. E dos piores possíveis.

Há apenas dois rostos conhecidos, Aaron Eckhart, no papel do marine prestes a se aposentar (sim, essa era para ser sua última missão) e Michele Rodriguez, que reprisa seu papel de sempre. Os demais, nem se preocupe. Eles morrerão em prol dos clímaces "dramáticos" (eu diria vergonhosos) para mostrar ad nauseum que a vida do grupo é mais importante que a sua.

Pronto para a lista de clichês? Vamos lá: soldado veterano que falhou e perdeu seu batalhão vai para uma última missão; chefe engomadinho e um dos mais brilhantes da academia militar bota banca para cima do soldado veterano para mostrar quem manda; chefe engomadinho e brilhante se mija nas calças no campo de batalha; soldado veterano mostra o que um verdadeiro líder precisa fazer; num momento de tensão, garotinha amedrontada segura a mão do marine; marine se sacrifica com uma granada para que seu grupo sobreviva; marine parte para o suicídio ao se colocar num lugar alto e descampado apenas para usar o rádio. Há também o último desejo do marine, que antes de se sacrificar, deixou uma carta para que o seu companheiro entregasse à sua mulher.

Como é que um estúdio que patrocina uma patriotada estúpida dessas que agradará apenas aos estadunidenses tem a coragem de distribuí-lo mundialmente? O "título original" do filme diz claramente que é a batalha por uma das maiores cidades dos EUA. No "título mundial", fizeram a gambiarra de colocar um "invasão do mundo" na frente. Pior: como é que um filme idiota desses pode ter tido uma bilheteria considerável aqui no Brasil? Mais pior de tudo: há a brecha para um segundo filme.


E
Battle Los Angeles (Jonathan Liebesman, EUA, 2011)
Quando: Abril/11 (divx)
Sítio Oficial: batalhadelosangeles.com.br

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