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O DIA EM QUE A TERRA PAROU

Mais um remake onde o original é vilipendiado sem dó nem piedade.


A década de 1950 foi um celeiro fértil para filmes de ficção científica onde o perigo era representado não pelos comunistas, mas por aqueles que moravam lá fora. Dessa safra, o primeiro O Dia em que a Terra Parou (51) indicava que havia uma patrulha estrelar que cuidava do bem-estar interplanetário e que estava preocupada com a crescente corrida armamentista terrestre.

Seis décadas depois, a URSS não existe mais, mas o perigo continua “real” e imediato. Desta vez, Klaatu e G.O.R.T. não vêm à Terra para dar um puxão de orelhas, mas sim como arautos da morte. A humanidade maltratou demais o planeta que não é dela e por causa disso será exterminada sumariamente (mas antes, os aliens, como uma verdadeira Arca de Noé, atraem um casal de cada animal para posterior repovoamento).

Até aí, tudo bem. Só esqueceram de encomendar um roteiro decente e sem clichês-padrões. A mocinha tem um filho. Ou melhor, “ficou” com o filho do seu grande amor que morreu no Iraque. Claro que a criança não gosta dela e claro que ela queria que o pai estivesse vivo para chutar o traseiro dos Ets. Ah, esqueci um pequeno detalhe: o menino é negro. Melhor que isso, só a nova versão de “Barrados no Baile” onde o “Brandon” da vez também é negro e adotado. Há ainda tantas outras bobagens que nem vale a pena enumerá-las. O final é digno daqueles filmes perdidos que não sabem mais para onde ir e terminam de forma abrupta, com uma pseudomensagem filosófica para enganar os trouxas, na tentativa de salvar alguma coisa.

Se tivessem feito tipo uma continuação -- nós te avisamos, vocês não se endireitaram, agora sofram as conseqüências -- talvez o resultado não seria tão desastroso assim.


D
The Day The Earth Stood Still (Scott Derrickson, EUA, 2008)
Quando: Janeiro/09 (UCI Ribeirão Preto)
Sítio Oficial: ficha imdb

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