Zumbis, ao estilo [Rec], Cloverfield, A Bruxa de Blair....

George A. Romero é uma lenda. Ele é o pai dos zumbis, criados no final dos anos 60 com A Noite dos Mortos Vivos (68).
A despeito das inúmeras refilmagens, Romero voltou ao tema em outras oportunidades, onde havia uma lógica de disseminação constante do caos: no primeiro [Madrugada dos Mortos (78)], os zumbis tinham saído de um cemitério e atormentavam um grupo de estranhos que tinham que sobreviver em uma casa, no campo e no último [Terra dos Mortos (05)], a história se passava num mundo apocalíptico, onde havia uma clara distinção entre os ricos, que viviam numa torre envidraçada e, aparentemente, “bem”, e a ralé, devidamente esquecida nas ruas imundas. Os zumbis estavam devidamente “confinados” para além das cercas dessa ilha da fantasia.
Agora, Romero retoma ao conceito de zumbis, mas num mundo “real”, onde um grupo de cineastas rodava um filme sobre... zumbis, quando escutam pela TV que “havia algo de estranho” acontecendo. Com duas câmeras nas mãos, eles vão cruzando os EUA e “documentando” o que acontecia no trajeto. O filme que nós assistimos, então, é um documentário editado e com trilha sonora feito por uma das sobreviventes e posto na internet para que o mundo saiba o que realmente estava acontecendo naqueles dias.
O grande problema desse filme é o aparente estilo não-Romero de ser. Na sua filmografia anterior, as críticas sócio-políticas estavam espalhadas em cada cena de forma dicreta, bastava ter senso crítico para descobri-las. Agora, não. Filmado ao estilo MTV de ser, para um novo público sem qualquer senso crítico, deve-se martelar nas mesmas idéias para ver se elas entram a fórceps. A principal: não acredite em tudo que a mídia transmite. A secundária: estamos vivendo na era onde é mais importante filmar, novamente sem qualquer senso crítico, do que entender o que está acontecendo.
É triste ver um mestre perder a mão tão feio assim.
B-
Diary Of The Dead (George Romero, EUA, 2007)
Quando: Maio/08 (DivX)
Sítio Oficial: myspace.com/diaryofthedead

George A. Romero é uma lenda. Ele é o pai dos zumbis, criados no final dos anos 60 com A Noite dos Mortos Vivos (68).
A despeito das inúmeras refilmagens, Romero voltou ao tema em outras oportunidades, onde havia uma lógica de disseminação constante do caos: no primeiro [Madrugada dos Mortos (78)], os zumbis tinham saído de um cemitério e atormentavam um grupo de estranhos que tinham que sobreviver em uma casa, no campo e no último [Terra dos Mortos (05)], a história se passava num mundo apocalíptico, onde havia uma clara distinção entre os ricos, que viviam numa torre envidraçada e, aparentemente, “bem”, e a ralé, devidamente esquecida nas ruas imundas. Os zumbis estavam devidamente “confinados” para além das cercas dessa ilha da fantasia.
Agora, Romero retoma ao conceito de zumbis, mas num mundo “real”, onde um grupo de cineastas rodava um filme sobre... zumbis, quando escutam pela TV que “havia algo de estranho” acontecendo. Com duas câmeras nas mãos, eles vão cruzando os EUA e “documentando” o que acontecia no trajeto. O filme que nós assistimos, então, é um documentário editado e com trilha sonora feito por uma das sobreviventes e posto na internet para que o mundo saiba o que realmente estava acontecendo naqueles dias.
O grande problema desse filme é o aparente estilo não-Romero de ser. Na sua filmografia anterior, as críticas sócio-políticas estavam espalhadas em cada cena de forma dicreta, bastava ter senso crítico para descobri-las. Agora, não. Filmado ao estilo MTV de ser, para um novo público sem qualquer senso crítico, deve-se martelar nas mesmas idéias para ver se elas entram a fórceps. A principal: não acredite em tudo que a mídia transmite. A secundária: estamos vivendo na era onde é mais importante filmar, novamente sem qualquer senso crítico, do que entender o que está acontecendo.
É triste ver um mestre perder a mão tão feio assim.
B-
Diary Of The Dead (George Romero, EUA, 2007)
Quando: Maio/08 (DivX)
Sítio Oficial: myspace.com/diaryofthedead
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