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CRASH

No limite? Qual deles?


Não sei o que escrever, pois tenho sentimentos contraditórios pelo filme. Há momentos onde eu "esqueci de respirar", como na seqüência da foto acima, uma das melhores que eu vi no cinema recentemente. Em outros momentos, com a martelação sem parar de que todos são racistas, que ninguém se salva, eu chegava a me sentir extremamente desconfortável.

No filme, um bando de gente se inter-relaciona nas ruas de Los Angeles durante 48 horas mostrando o racismo inter-racial, de branco com preto, preto com branco, asiático com mexicano, estadunidense com muçulmano... tem de tudo um pouco. Há o político aparentemente corrupto, há a dondoca entediada, há o policial branco racista, há o policial negro cansado da miséria humana, há o policial loirinho e bonitinho que (aparentemente) é correto. O latino trabalhador, o asiático traficante de escravos, os negros ladrões. Esqueci alguém? Talvez... são tantos!

O filme se desenrola e as relações vão ficando mais claras. As pessoas não interagem umas com as outras, elas colidem. Não há meio tom. Tudo é exagerado e soa muito falso. Porém, como a sociedade não é imutável, as pessoas têm a chance de mudar. Temos a redenção daqueles que fizeram o mal e a "vacilada" daqueles "do bem". Não há cinzas no filme. Ou a pessoa é má, ou a pessoa é boa. Se a pessoa é boa, ela é capaz de cometer o mal. Se a pessoa é má, pela pode fazer boas ações.

No final... não há lição de moral. Nada muda e o filme que se inicia com uma batida de automóveis (um crash), termina com outro.


B-
Crash (Paul Haggis, EUA, 2005)
Onde: Box Manaíra Shopping (mar/06)
Site Oficial: www.crashfilm.com

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